Uma Tabela Periódica diferente..

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Tempestades Solares Mortíferas
Porque é que enormes explosões solares podem causar grandes problemas na Terra?
As condições meteorológicas não acontecem só na nossa atmosfera; entre a Terra e o Sol, ocorrem diferentes tipos de fenómenos, devido a alterações do ciclo de actividade magnética do Sol. Este ciclo modula erupções intensas à superfície do Sol, que podem ter um impacto directo nas nossas vidas: são as chamadas tempestades solares, ou geomagnéticas.
As tempestades solares incluem também outros fenómenos como auroras, emissões electromagnéticas, eventos de partículas energéticas solares, erupções solares e ejecções de massa coronal. Alguns não têm grande efeito na Terra. Por exemplo, as partículas carregadas que chegam à alta atmosfera terrestre pelo vento solar colidem com os átomos e criam efeitos luminosos que conhecemos como auroras nas zonas de alta latitude nos hemisférios norte e sul.
Contudo, nem todos os fenómenos meteorológicos espaciais são inofensivos – alguns podem ser fatais, como os de protões solares, que podem colocar em perigo a vida dos astronautas. Os fenómenos de portões solares (SPE, na siga inglesa de solar proton events) são um tipo de raio cósmico que ocorre em conjunto com outros fenómenos, como as erupções solares. Compostos por electrões, protões e iões pesados de alta energia, alguns SPE chegam a 80% da velocidade da luz. A radiação que deles resulta pode afectar o ADN e aumentar o risco de cancro e outras doenças nos astronautas. Em doses elevadas e prolongadas, pode mesmo levar à morte. Os instrumentos sensíveis das naves também podem ser afectados, gerando problemas na navegação e alimentação energética. Teoricamente, os SPE de muito alta energia podem mesmo afectar voos de altitude elevada.
Mas o que acontece quando há um impacto directo na Terra? As ejecções de massa coronal (EMC) ocorrem quando o sol liberta uma explosão de partículas carregadas, o chamado vento solar, com plasma e radiação, a partir de um grupo de manchas solares. Dependendo da velocidade a que é libertada, EMC pode chegar à magnetosfera, ou campo magnético, da Terra. As partículas altamente carregadas do vento solar podem criar uma onda de choque e perturbar a magnetosfera. A consequente libertação de plasma e radiação, ainda que biologicamente não perigosa (a atmosfera absorve a maioria da radiação prejudicial), pode afectar tudo, desde redes eléctricas e explorações petrolíferas a comunicações e satélites de GPS.
Em 1859, chegou à Terra a maior tempestade solar alguma vez registada. Baptizada de Evento de Carrington, em honra do primeiro astrónomo a observá-la, a tempestade começou com uma erupção solar que deu origem a uma ejecção de massa coronal que chegou à Terra em 18 horas (o normal são três ou quatro dias).
Visto estarmos tão dependentes de sistemas electrónicos, tempestades solares como o Evento de Carrington têm potencial para causar sérios prejuízos. Em 1960, houve outra tempestade solar que causou apagões de rádio generalizados. Uma mais intensa, em 1989, deixou seis milhões de pessoas na escuridão, quando uma rede eléctrica falhou – mas nenhuma delas foi tão forte como a supertempestade de 1859.

in revista quero saber, Dezembro de 2011

Claudia 12B

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