Uma Tabela Periódica diferente..

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Elefantes!!!!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


                 Nano-soldados contra os tumores
A oncologia deposita as suas maiores esperanças no mundo do extremamente diminuto. Referimo-nos às partículas que operam em escalas de um a cem nanómetros (um milésimo de milímetro; um fio de cabelo humano, por exemplo, tem uma espessura de 50 mil nanómetros. Com o objectivo de entender em que consistirá, exactamente, esta revolução, falámos com Anna Barker, antiga directora-adjunta do Instituto Nacional norte-americano do Cancro, a qual nos explicou que irá reflectir-se em vários níveis: no diagnóstico precoce, no tratamento e nos novos biomateriais que poderão substituir parcialmente órgãos danificados. A nanotecnologia é ideal para lidar com uma doença tão complexa como o cancro (trata-se de uma acumulação de doenças), pois pode captar muita informação como as proteínas eu expressam os tumores à superfície. As nanoparticulas permitirão mesmo visualizar as células pré-cancerosas através de um scanner; para isso, estarão ligadas a anti-corpos específicos que as reconheçam para poderem enviar ou intensificar um sinal ou uma radiação. Enfim, conseguirão detectar o que era, até agora, indetectável. Além disso, esses minúsculos espiões tornar-se-ão progressivamente mais expeditos e farão várias coisas em simultâneo. Funcionarão como camiões-cisterna para libertar fármacos exclusivamente nas células malignas, salvaguardando as saudáveis. Com o progressivo conhecimento dos factores genéticos que desencadeiam a doença, os tratamentos tornar-se-ão mais muito mais personalizados e a nanotecnologia permitirá administrar substâncias terapêuticasde forma muito mais precisa. Investigadores do Instituto Tecnológico do Messachusetts já desenvolveram um nanopolímero que transporta dois compostos diferentes (cisplatina e docetaxel) até às células cancerosas da próstata. Os doentes poderão tomar medicamentos com a ajuda dessas armas de destruição em massa, suficientemente inteligentes para detectar o tumor e ali detectar a sua carga farmacológica. O médico disporá de um nanodispositivo para avaliar as alterações genéticas e proteicas. Desse modo, fica a saber qual a medicação mais adequada às características pessoais do doente. Depois outro pequeno aliado poderá transportá-la. Daqui a trinta anos, tudo isto já será uma realidade.
Liliana Marques

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