Uma Tabela Periódica diferente..

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Elefantes!!!!

domingo, 12 de junho de 2011

Por Anamaria Ghizila...

Eclipse total da Lua no dia 15 de Junho
No próximo dia 15 de Junho irá ocorrer um eclipse total da Lua observável em Portugal. Durante os próximos três anos, este será o último eclipse lunar no qual uma boa parte da fase da totalidade será visível no nosso país. O próximo eclipse deste género, integralmente visível em Portugal, não acontecerá até daqui por quatro anos – 28 de Setembro de 2015.

O Núcleo Interactivo de Astronomia (NUCLIO) promove uma observação pública no Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal em São Pedro do Estoril (Cascais), acompanhando o eclipse com telescópios e outros instrumentos. Às 20h, o evento começa com uma pequena apresentação sobre o que irá acontecer e sugestões de como registar as fases do eclipse com câmaras fotográficas.
A fase de totalidade observável demora aproximadamente uma hora. O último contacto do satélite da Terra com a penumbra irá decorrer até a meia-noite. A Lua cheia nascerá já completamente mergulhada na parte central da sombra do nosso planeta pouco antes das 21h.

Devido à refracção da luz na nossa atmosfera, uma parte dos raios solares misturam-se com a sombra terrestre, conferindo um toque de cor peculiar à Lua eclipsada. Esta cor pode variar do mero cinzento sujo, passando por tonalidades de castanho até vermelho vivo ou cor de laranja.
Qual será a cor real é difícil prever, já que poderá alterar-se ao longo do evento e depende principalmente da cobertura de nuvens em torno do globo terrestre e das partículas de poeiras e matéria orgânica suspensas na atmosfera. Erupções vulcânicas recentes, tempestades de areia nos desertos e outras calamidades meteorológicas ou geológicas contribuem consideravelmente para a transparência da atmosfera e da cor que o eclipse lunar irá mostrar.

O eclipse pode ser observado em toda a Terra, com excepção do extremo Norte da Ásia e da Europa, e toda a América do Norte. O eclipse na integridade pode ser acompanhado na Índia, Ásia Menor e toda a zona Este da África e África do Sul.

Tempestade solar pode afetar satélites e redes elétricas na Terra
Desde 2006, não acontecia uma tempestade tão grande no Sol.
Fenômeno foi registrado por um observatório da Nasa.
Uma tempestade solar incomum, localizada por um observatório espacial da Nasa, poderá perturbar a atividade dos satélites, assim como das comunicações e das redes elétricas na Terra esta quarta-feira, alertaram autoridades.
Desde 2006 não se via uma tempestade solar desta magnitude, segundo a meteorologia nacional americana (NWS).
"O Sol sofreu em 7 de Junho uma tempestade de força mediana (M-2), com emissão de massa coronal (CME, na sigla em inglês) visualmente espectacular", noticiou o observatório dinâmico solar da agência espacial americana, em um comunicado.
O centro de previsões espaciais da NWS descreveu o fenómeno como "espectacular" e "susceptível de provocar uma tempestade geomagnética de pequena a moderada, em 8 de Junho, a partir das 15h (horário de Brasília), aproximadamente".
Esta tempestade "contém uma quantidade importante de prótons de alta energia, superior a 100 megaelétron-volts (MeV)", algo que não ocorria desde Dezembro de 2006, segundo o comunicado.
A tempestade geomagnética poderia provocar perturbações nas redes eléctricas, especialmente nos satélites GPS, e obrigar os aviões a modificar seu itinerário ao sobrevoar as regiões polares, explicou um porta-voz.

e agora..boa disposição..a vida é uma alegria...

vivam sempre a vida ao máximo...com juízo e ponderação...

E para quem não sabe ainda a que curso concorrer, aqui fica uma ajuda :)

Por Rita Mesquita....Desejo a todos força e coragem na conquista dos vossos objectivos e sempre, sempre muita felicidade

Por João Marques...

Cada vez mais perto da energia alternativa das bactérias
A ciência está mais próxima de conseguir criar geradores de energia eléctrica a partir de bactérias, pois, pela primeira vez, foi demonstrado como os micróbios conseguem descarregar pequenas correntes eléctricas através das suas estruturas.

Esta descoberta, de acordo com um estudo publicado no “Proceedings of the National Academy of Science”, abre portas para aparelhos bioeléctricos, em que biliões de bactérias são ligadas a eléctrodos que recolhem a sua energia. Como alguns organismos se alimentam de poluentes, também há a possibilidade de as bactérias serem usadas para converter lixo industrial, radioactivo e esgotos em electricidade.
"Seria uma fonte de energia alternativa assim como a eólica e a solar", disse Tom Clarke, líder desta investigação realizada na Universidade de East Anglia, na Inglaterra, acrescentando que a principal vantagem desta opção é que as bactérias fornecem energia constantemente, sem depender do vento ou da luz do sol.

Além disso, estes organismos produzem electricidade ao mesmo tempo que degradam resíduos, pelo que, a partir daí, seria possível construir fábricas que descartassem o lixo produzido, enquanto simultaneamente geravam a própria energia de que necessitam.

Neste estudo, foi mostrada, pela primeira vez, a estrutura molecular dos “fios” que as bactérias usam para descarregar electricidade. “Queremos usar este conhecimento para conectar os micróbios a eléctrodos mais eficazmente”, revelou Clarke.

Actualmente, a quantidade de energia gerada por estes organismos é ainda muito baixa. Contudo, se esta técnica for aproveitada, será “possível usá-la em rios para gerar electricidade. Em grandes centros urbanos, a maioria dos rios tem poluição e ‘comida’ suficientes para as bactérias”, reforçou o investigador.

Bactérias intestinais interferem com química do cérebro

De acordo com um estudo publicado na revista “Gastroenterology”, as bactérias intestinais podem influenciar a química do cérebro e o comportamento, nomeadamente nos casos de ansiedade e de depressão.

Esta conclusão é apontada, pela primeira vez, por cientistas da McMaster University, no Canadá, e pode tornar-se de maior relevância tendo em conta vários tipos comuns de doença gastrointestinal, incluindo a síndrome do intestino irritável, que são frequentemente associados a ansiedade ou a depressão.

Além disso, há investigadores que acreditam que alguns transtornos psiquiátricos, tais como o autismo de início tardio, podem estar associados com um teor anormal de bactérias no intestino.
Pessoas saudáveis têm, normalmente, biliões de bactérias no intestino que realizam uma série de funções vitais para a saúde como recolher energia da dieta alimentar, proteger contra infecções e fornecer alimentação às células do intestino.

Nesta investigação foram utilizados ratos adultos saudáveis. Ao alterarem o conteúdo bacteriano normal do intestino com antibióticos, os cientistas verificaram que as cobaias passaram a demonstrar alterações no comportamento, tornando-se menos cautelosas ou ansiosas.

Esta mudança foi acompanhada pelo aumento do factor neurotrófico derivado do cérebro (BDNF, na sigla em inglês), que tem sido associado à depressão e à ansiedade. Contudo, com a interrupção dos antibióticos, os animais voltaram ao comportamento normal.

Premysl Bercik, um dos investigadores envolvidos neste estudo, referiu que estes resultados são importantes e lançam bases para mais investigações sobre o potencial terapêutico das bactérias probióticas no tratamento de distúrbios comportamentais, especialmente os associados às condições gastrointestinais, tais como a síndrome do intestino irritável.

Café combate risco de cancro da próstata

O café pode ser um forte aliado contra o risco de desenvolver cancro da próstata, revela um novo estudo realizado por investigadores da Harvard School of Public Health e publicado no "Journal of the National Cancer Institute".

Segundo este trabalho, homens que bebem seis ou mais chávenas de café por dia apresentaram um decréscimo de 60 por cento das hipóteses de desenvolverem um tipo extremamente letal de cancro da próstata e uma redução de 20 por cento no risco de sofrer qualquer tipo desta doença cancerígena, comparativamente a homens que não consomem a bebida.

Mesmo aqueles que bebem apenas entre uma e três chávenas diariamente beneficiam com uma queda de 30 por cento do risco de sofrer da forma mais letal da doença.
“Poucos estudos analisaram especificamente a relação entre o consumo de café e o risco de cancro da próstata letal, a forma mais violenta da doença, que é praticamente impossível de prevenir”, destacou Lorelei Mucci, investigadora de Harvard e principal autora do trabalho, acrescentando que a presente investigação “é a maior, até hoje, a examinar se o café é capaz de reduzir o risco de cancro da próstata letal”.

De acordo com os cientistas, estes efeitos também foram verificados para o café descafeinado, o que os leva a crer que o benefício está associado às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do café e não à cafeína.

O estudo acompanhou quase 48 mil homens, que forneceram aos investigadores informações sobre os seus hábitos de consumo de café entre 1996 e 2008. Ao longo deste trabalho, mais de cinco mil deles desenvolveram cancro da próstata, incluindo 642 casos letais.

O cancro da próstata é a forma mais comum da doença diagnosticada anualmente entre os americanos e as estimativas indicam que um em cada seis homens terá este cancro ao longo da vida nos Estados Unidos. Os principais factores de risco são as dietas ricas em gordura, consumo excessivo de álcool e a exposição a produtos químicos, além da hereditariedade.

Viagra eficaz a reduzir sintomas da esclerose múltipla

Investigadores espanhóis acreditam que o Viagra, utilizado para o tratamento da disfunção eréctil, pode ter efeitos positivos na redução dos sintomas da esclerose múltipla, a doença inflamatória crónica mais comum do sistema nervoso central e uma das principais causas de invalidez em adultos.

Um estudo publicado na revista “Acta Neuropathologica” indica que, em experiências realizadas em ratos, foram observadas recuperações quase completas em 50 por cento dos casos após um tratamento de apenas oito dias.
A investigação liderada por Agustina García e Juan Hidalgo, da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB), deverá, em breve, ser autorizada em seres humanos, visto que este fármaco já é comercializado.
Embora a esclerose múltipla seja ainda uma doença sem cura, alguns medicamentos já se mostraram eficazes no combate de vários sintomas e na prevenção da progressão do problema. Esta doença é causada pela perda de mielina nas células nervosas, que afecta a capacidade dos neurónios comunicarem entre si, e pela neurodegeneração em várias áreas do sistema nervoso central.

Os investigadores estudaram os efeitos do sildenafil, que é vendido como Viagra, em animais que apresentavam um tipo de esclerose múltipla conhecida como encefalomielite auto-imune experimental (EAE). O sildenafil é utilizado como vasodilatador, mas tem também uma função neuroprotectora. Daí que a medicação tenha tido sucesso na infiltração de células inflamatórias, no interior da massa branca da espinal-medula e, portanto, no combate aos sintomas da esclerose múltipla. Os estragos nos axónios – região do neurónio responsável pelo impulso nervoso – foram mais baixos e houve progressos na reparação da mielina já danificada.

Por Vanda Pereira...

Melancias explodem na China

Alguns agricultores de melancias na China estão incrédulos por a sua fruta estar a "explodir”.

Uma investigação conduzida pela Televisão Central Chinesa culpou o uso excessivo de um químico de crescimento nas plantações, no entanto, muitos agricultores contestam que nunca o usaram. Segundo a mesma investigação, os agricultores estariam a pulverizar as melancias com um produto de crescimento rápido, de forma a poderem ter a fruta no mercado antes da sua época, o que iria aumentar os lucros de produção.

De acordo coma agência de notícias chinesa "Xinhua", 20 agricultores na vila de Jiangsu plantaram sementes de melancia importadas do Japão, e 10 queixaram-se de que as suas melancias começaram a explodir.

O agricultor Liu Minhsuo referiu que mais de dois terços dos seus campos explodiram, o que perfaz um total de 180 melancias. No entanto, admitiu ter usado químicos de crescimento no dia anterior. Ao que se sabe, só este agricultor terá usado químicos nas suas plantações, mas existiram explosões em mais 9 campos agrícolas.

No entanto, conseguiu ver-se esclarecida esta estranha situação que causou estragos em mais de 45 hectares de produção pertencentes a 20 explorações frutificas chinesas.

Segundo as mais recentes notícias, as melancias explosivas da China, agora apelidadas de "minas" rebentaram devido ao uso de um químico que provoca o crescimento acelerado. O uso deste químico fora de tempo e o excesso de chuva fizeram com que a fruta explodisse antes sequer de ser colhida.

Por Vanda Pereira...

Por Pedro Neves...


Gel dá falso positivo em teste de álcool
Usar desinfectantes de mão como álcool-gel pode fazer com que alguns tipos de exame acusem falsos positivos para a ingestão de álcool.
Esta foi a conclusão de um Estudo da Universidade da Flórida publicado no Journal of Analytical Toxicology.
Os resultados são relacionados ao uso muito frequente desses produtos – e não ocasional. Além disso, os pesquisadores encontraram problemas somente nos exames de urina que acusam a ingestão de álcool – ou seja, se você parar para assoprar ao balão depois de usar álcool-gel, não há motivo para se preocupar.
Os resultados são importantes para pessoas que precisam higienizar as mãos com frequência, como médicos, enfermeiras e outros profissionais de saúde.
Testes do balão e de sangue são os mais comuns para medir a ingestão de álcool, porém eles só detectam o que a pessoa bebeu recentemente. Outro tipo de teste, chamado EtG, pode medir o nível de substâncias deixadas depois de o álcool ser metabolizado, detectando o uso durante um longo período. Foi justamente este o teste estudado.
Onze pessoas, sem histórico de uso de álcool, foram seleccionadas para testar com que frequência o uso de álcool-gel afectava seus exames. Elas usaram o produto a cada 5 minutos, durante 10 horas, por três dias seguidos – uma quantidade similar ao que as enfermeiras usam, segundo os pesquisados. A urina dos voluntários foi testada no final e começo do dia, e o resultado foi um falso positivo para dez dos 11 participantes.
No entanto, os pesquisadores encontraram também uma possível maneira de diferenciar a ingestão de álcool ao uso de álcool-gel: uma substância específica (ethyl sulfate) estava em níveis bem mais baixos naqueles que usavam o desinfectante. Eles acreditam que ela possa ser usada em exames para poupar os constrangimentos de uma falsa acusação de ingestão de álcool.

Veneno de abelha detecta explosivos
http://ads.abril.com.br/RealMedia/ads/adstream_lx.ads/infoexame/plantao/1713340351/Bottom/AbrilDefault/default/empty.gif/58506f4232453368494a674143334975Proteína encontrada no veneno das abelhas é capaz de detectar explosivos com precisão inédita de apenas uma molécula.
A descoberta, publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences, foi feita por engenheiros químicos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) liderados por Michael Strano e já despertou o interesse pelas suas aplicações comerciais e militares.
Os sensores poderiam resultar em detectores muito mais precisos do que os actualmente usados em aeroportos, por exemplo, que usam a espectrometria para analisar partículas carregadas conforme se movem no ar.
Já a descoberta do MIT atinge o limite máximo de detecção: encontra quantidades ínfimas como uma única molécula, desde que deixado em temperatura ambiente e sob pressão atmosférica. As proteínas do veneno de abelha  mostraram-se especialmente sensíveis a uma classe conhecida como compostos nitro-aromáticos, do qual a TNT faz parte.
Esta é a primeira vez que as proteínas do veneno da abelha são associadas a reacções a explosivos. Os fragmentos usados, chamados “bombolitins”, foram usados juntamente com nanotubos de carbono (cilindros ocos com a espessura de um átomo de carbono puro).
Os nanotubos possuem uma fluorescência natural. Eles são recobertos com as proteínas do veneno de abelha que, naturalmente, atraem as moléculas de explosivos. Quando ambas se ligam, ocorre uma mudança no comprimento de onda da fluorescência do nanotubo que é detectada por um microscópio. Como as moléculas afectam o comprimento de onda e não a intensidade da fluorescência, o mecanismo não é influenciado pela luz ambiente.
O aparelho também pode sentir os produtos resultantes da decomposição desses explosivos.
Como as muitas combinações de proteínas com nanotubos reagem a diferentes compostos nitro-aromáticos, os pesquisadores podem identificar a “digital” de cada explosivo calibrando o equipamento.
O uso da proteína das abelhas já foi patenteado mas, para estar comercialmente disponível,   o aparelho ainda precisa de um dispositivo relativamente barato capaz de capturar as moléculas do ar.

Por Marco Costa...


Interior da Lua guarda mais água do que se pensava
O interior da Lua contém tanta água como as profundezas da Terra, revela uma investigação divulgada na revista científica “Science”, que questiona a teoria da formação do único satélite natural do "planeta azul".

A descoberta realça ainda que a Lua contém cem vezes mais água do que os cientistas pensavam.

Os autores da investigação chegaram a estas conclusões depois de terem encontrado moléculas de água, assim como outros elementos voláteis, nas amostras de magma lunar retidas em grânulos de vidro vulcânico recolhidos pelos astronautas da Apollo 17, a última missão espacial na Lua, em Dezembro de 1972.

Descobertos sinais no ADN que regulam genes ligados a doenças


Um grupo internacional liderado por investigadores do Centro Andaluz de Biologia do Desenvolvimento (CABD), de Sevilha, descobriu sinais no ADN que regulam a expressão de diversos genes ligados a doenças humanas graves.
Em comunicado, o Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto refere que o trabalho contou com a participação do investigador do IBMC Paulo Pereira e será publicado no próximo número da revista "Nature Structural & Molecular Biology". "No estudo são identificadas pequenas sequências de ADN, comuns aos genomas de muitas espécies, como ratos, galinhas e humanos, e que funcionam como barreiras entre genes vizinhos. Estes sinais de ADN, ou barreiras, têm uma função muito importante porque permitem que genes vizinhos no genoma mantenham a sua individualidade e que sejam regulados de formas distintas", refere o instituto.
Este mecanismo "poderá explicar, como exemplo, que proteínas com função enzimática sejam apenas produzidas no tecido ou órgão onde são necessárias". Assim, estes sinais de ADN "isolam e protegem os genes de interferências provocadas por genes fisicamente próximos no genoma", acrescenta o IBMC. A sua identificação neste estudo "poderá contribuir para uma melhoria no diagnóstico genético de doenças, porque permite a identificação dos genes afectados por mutações de risco, quando estas mutações não afectam a identidade da proteína produzida pelo gene, mas sim onde e quando essa proteína é produzida no organismo".
Para Fernando Casares (CABD), antigo investigador do IBMC e coordenador deste estudo, juntamente com José Luis Gómez Skarmeta (CABD), "é como se a nossa leitura actual do genoma fosse um poema do qual desconhecemos a métrica e os sinais de pontuação". "Isto traduz, de forma clara, a ideia que muitas doenças de foro genético poderão não estar directamente relacionadas com alterações da identidade da proteína produzida pelo gene afectado, mas sim por alterações no local e na intensidade de produção da proteína", salienta o IBMC.

Por Carlota Cid...

Átomos de antimatéria do CERN

O CERN anuncia agora que ali foram produzidos e confinados átomos de antimatéria durante um tempo recorde: 16 minutos, um aumento de 5000 vezes em relação ao que anteriormente se tinha conseguido. Os átomos de antimatéria são produzidos no acelerador de partículas do CERN. A antimatéria não é explosiva nem perigosa em si: só que quando entra em contacto com a matéria, aniquilam-se uma à outra, gerando uma enorme quantidade de energia. O feito obtido pela equipa da experiência ALPHA do acelerador de partículas LHC do Laboratório Europeu de Física de Partículas (conhecido como CERN, a sigla do seu nome inicial), na Suíça, permite fazer algo inédito até agora: caracterizar um átomo de anti-hidrogénio.
O simples átomo de hidrogénio é um dos sistemas melhor conhecidos da física, salienta um comunicado de imprensa do laboratório. Nesta experiência, foram aprisionados durante 16 minutos, ou 960 segundos, cerca de 300 átomos de anti-matéria, tempo suficiente para estudar o átomo. Um átomo de hidrogénio é formado por um protão, com carga eléctrica positiva, e um electrão, com carga negativa. Um átomo de anti-hidrogénio tem um protão negativo (antiprotão) e um electrão positivo (positrão). No Big Bang, julgam os cientistas, matéria e antimatéria terão sido criadas em quantidades iguais — mas hoje o Universo é feito apenas de matéria. Só se encontra a antimatéria por fugazes instantes. É um mistério o que terá acontecido à antimatéria, e por que é que o Universo terá preferido a matéria.

Adaptado do site do "Público"

Por Beatriz Pinto...

Somos 10% humanos

Noventa por cento das células vivas do corpo humano são constituídas por micróbios, o que, segundo um estudo feito por um investigador do Cork Institute of Technology, quer dizer que somos apenas 10% humanos. O corpo possui cerca de 10 triliões de células "normais" e outros 90 triliões constituídas por bactérias, que vivem em harmonia com as restantes. As células humanas são bem maiores do que as de carácter bacteriano, daí que sejam amplamente prevalecentes. O estudo também ajuda a desconstruir o mito segundo o qual os micróbios são totalmente nocivos para o ser humano. Pelo contrário, a nossa dependência de bactérias é enorme, elas ajudam na digestão, produzem vitaminas e protegem-nos de microorganismos patogénicos (que estão na origem de algumas doenças).

Por João Costa...


Caril dá uma "ajuda" na quimioterapia


Uma das substâncias do caril, a curcumina, pode ajudar pessoas submetidas a quimioterapia para cancro da cabeça e pescoço, diminuindo as doses de cisplatina administradas, revela um estudo publicado na revista "Archives of Otolaryngology".

Investigadores da Escola Médica da Universidade do Michigan, nos EUA, adicionaram um composto à base de curcumina (FLLL32) às linhas de células de laboratório de cancros da cabeça e pescoço, reduzindo assim a dose de cisplatina utilizada na quimioterapia, sendo que a eficácia do tratamento manteve-se.
Thomas Carey, autor principal do estudo e co-director do programa de oncologia de cabeça e pescoço do Comprehensive Cancer Center, explicou que "quando as células se tornam resistentes à cisplatina é necessário aumentar as doses". Acrescentou que, "no entanto, essas drogas são tão tóxicas que os pacientes que sobrevivem ao tratamento acabam por sofrer efeitos secundários a longo prazo".

O médico acredita que o seu estudo pode possibilitar o uso de doses mais baixas e menos tóxicas de cisplatina, atingindo resultados iguais ou melhores na eliminação de tumores, sem tantos riscos para os pacientes.

A principal razão que faz com que os tratamentos de cancro da cabeça e pescoço falhem é o facto de as células cancerígenas se tornarem resistentes à quimioterapia, o que acaba por fazer com que a doença regresse ou se propague, sendo o tempo estimado de esperança de vida para estes pacientes de cinco anos.


Nova esperança para pacientes de AVC

Investigadores da Johns Hopkins University, nos EUA, apresentaram um novo tratamento para um subgrupo de pacientes com AVC (acidente vascular cerebral), que combina uma cirurgia minimamente invasiva, técnicas de imagem semelhantes a um “GPS para o cérebro” e o anticoagulante t-PA (actividor do plasminogénio tecidular), que parece ser seguro e eficaz.

A solução, que foi apresentada pela primeira vez na
European Stroke Conference, realizada  na Alemanha, foi desenvolvida para pacientes com hemorragia intracerebral (ICH), um sangramento no cérebro que causa um coágulo no tecido cerebral. Este aumenta a pressão e leva à libertação de substâncias inflamatórias que podem causar danos cerebrais irreversíveis, podendo levar à morte ou invalidez.
Habitualmente, o tratamento para a IHC baseia-se em cuidados de suporte, como o controlo da pressão arterial e ventilação, assim como na cirurgia invasiva que envolve a abertura de partes do crânio para remover o coágulo, tendo ambos índices de mortalidade semelhantes, que variam de 30 a 80 por cento, dependendo do tamanho do coágulo.

Com o intuito de minimizar estes índices de mortalidade e a qualidade de vida dos pacientes, a equipa liderada por
Daniel Hanley desenvolveu um novo tratamento em 60 pacientes de 12 hospitais nos EUA, Canadá, Reino Unido e Alemanha. Depois disto, comparou os seus resultados com os de 11 pacientes que receberam apenas cuidados de suporte.

Os cirurgiões fizeram furos do tamanho de uma pequena moeda nos crânios dos doentes próximo do local do coágulo. Com um “software” de alta tecnologia de neuro-navegação, que fornece imagens pormenorizadas do cérebro, inseriram cateteres através destes furos directamente nos coágulos. Estes cateteres usados eram destinados a fornecer t-PA, em gota, no coágulo, até três dias e com uma de duas doses: 0,3 mg ou 1 mg a cada oito horas.

Verificou-se então que o tamanho do coágulo nos doentes tratados com ambas as doses diminuiu para menos de metade, em comparação com apenas um por cento nos pacientes que receberam apenas os cuidados de suporte.

Seis meses após o tratamento, foram feitos testes que mediram as capacidades funcionais no dia-a-dia dos pacientes. Estes mostraram que, em comparação com aqueles que receberam apenas cuidados de suporte, os tratados com a nova metodologia tiveram pontuações significativamente mais altas.

Por Mónica Serra...

Nervo artificial para recuperar movimento das mãos
Um trabalho conjunto de investigadores franceses e brasileiros, apresentado num congresso europeu sobre cirurgia da mão, pode revolucionar o tratamento de pessoas que perderam a capacidade de movimentar este membro.
Trata-se de um protótipo de um nervo artificial que consiste num material absorvível pelo organismo capaz de regenerar algum nervo que tenha sido rompido.
Embora a eficácia desta solução ainda não tenha sido testada em pessoas, experiências com ratos mostraram que a recuperação é funcional do ponto de vista motor e sensitivo, pois o nervo artificial recuperou mais de 90 por cento dos movimentos dos animais testados.
Os cientistas da Universidade Católica do Rio Grande do Sul, no Brasil, e da Universidade Montpellier, na França, inspiraram-se no nervo humano para construir este artificial. Desta forma, visto que o seu crescimento depende de vários nutrientes, a maior dificuldade deste trabalho foi provocar a libertação gradual das substâncias, consoante cada etapa de recuperação.
Contudo, conseguiram atingir um equilíbrio e, em princípio, o nervo artificial vai receber 18 factores de crescimento - substancias sintetizadas a partir daquelas que são produzidas pelo organismo, que proporcionam o desenvolvimento de tecidos (osso, pele ou nervo) e estimulam a sua reparação.
A nanotecnologia vai ter um papel primordial nesta invenção. O nervo artificial, que apresenta sensivelmente o tamanho de um fósforo, vai conter esferas à nano-escala que absorvem as substâncias necessárias à reparação do nervo humano.



Brócolos ajudam a recuperar de doenças pulmonares
Investigadores americanos descobriram que o sulforafano, uma substância presente nos brócolos e em outros vegetais crucíferos, como a couve-flor ou a couve de Bruxelas, tem capacidade para eliminar as bactérias responsáveis pelas doenças pulmonares, prevenindo ou reduzindo as infecções que frequentemente afectam os pacientes que têm estas doenças ou os fumadores.
De acordo com um artigo publicado na revista "Science Translational Medicine”, quando os pulmões são saudáveis, conseguem "expelir" os resíduos ou bactérias que chegam ao sistema respiratório juntamente com o oxigénio. No entanto, este sistema de "auto-limpeza" é disfuncional nos fumadores e pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), uma grave patologia respiratória que se manifesta, sobretudo, através da bronquite crónica e do enfisema pulmonar.
A equipa de Shyam Biswal, médico da Universidade Johns Hopkins, analisou os macrófagos (células do sistema imunitário) pulmonares de pacientes com DPOC, assim como os de ratos expostos ao fumo de tabaco. Verificou então que o tratamento com sulforafano estimula a activação de uma via de sinalização celular denominada Nrf2, tanto em células humanas dos pulmões com DPOC, como nas dos pulmões dos ratos expostos ao fumo, pelo que se recupera a capacidade dos macrófagos pulmonares para eliminarem as bactérias dos pulmões, dando-se uma melhoria dos doentes.
"As nossas descobertas sugerem que os macrófagos dos pulmões dos pacientes com DPOC têm uma falha num processo chamado fagocitose, que consiste na destruição de bactérias ou agentes nocivos para o organismo", disse Biswal, acrescentando que "a activação da via Nrf2 induzida pelo sulforafano restaurou a capacidade dos macrófagos pulmonares para se unirem e combaterem as bactérias".
Robert Wise, outro co-autor da investigação, acredita que "o estudo poderá ajudar a explicar a relação entre a alimentação e a doença pulmonar e aumenta o potencial de novos enfoques para o tratamento desta doença frequentemente devastadora".

Por Daniela Mendes...

Durante a sua formação, Júpiter roubou' massa de Marte
Massa de Marte é significativamente menor que a da Terra.
Descoberta foi feita por simulação de astrónomos.


Uma simulação feita por uma equipa internacional de astrónomos mostrou que, na formação do Sistema Solar, Júpiter estava mais perto de Marte e atraiu uma grande quantidade de material disponível. Com isso, o planeta vermelho ficou privado de materiais na sua formação.
A descoberta publicada pela revista "Nature" responde a uma dúvida antiga dos especialistas. O volume de Marte é cerca de um oitavo do da Terra, mas a sua massa é por volta de um décimo da do nosso planeta. Se os planetas foram formados aproximadamente na mesma época, os astrónomos perguntavam-se, porque a relação entre as massas era tão desigual.
No estudo, os cientistas afirmaram que Júpiter surgiu para uma distância de 1,5 unidade astronómica – UA, que equivale à distância entre a Terra e o Sol, do Sol. Mais tarde, com a formação de Saturno, ele migrou para sua distância actual, cerca de 5 UA. No intervalo que existe no caminho, existe hoje um cinturão de asteróides.
“O resultado foi fantástico”, disse Kevin Walsh, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, em San Antonio (EUA), que liderou o estudo. “Nossas simulações mostraram não só que a migração de Júpiter era consistente com a existência do cinturão de asteróides, mas também explicou propriedades do cinturão que nunca tínhamos compreendido”, completou o astrónomo.



'Buraco branco' poderia ter sido evidenciado
Um dos grandes enigmas do cosmos, os brancos seriam o oposto dos buracos negros


Pouco sabemos dos buracos brancos, além de que são o contrário dos buracos negros, ou seja, uma área no universo que joga matéria para fora, em vez de atraí-la. Além disso, nada pode entrar neles, são breves e instáveis. Na verdade, tudo isso é uma teoria e não há certeza de que eles realmente existem, mas, aparentemente, já apareceu a primeira evidência. Em 2006, houve uma emissão de raios gama de 102 segundos que ninguém entendia de onde poderia ter saído, já que só seria possível se originado a partir da explosão de uma super nova. No entanto, não havia nenhuma na área onde o raio se originou. Hoje, suspeita-se que a fonte de luz seria um buraco branco, porque a sua descrição é bastante semelhante ao observado. Por enquanto, devemos esperar para ter um novo evento que possa ajudar a confirmar ou não a existência deles. Porém, como os seus defensores dizem: "Se um buraco negro suga matéria, deve haver uma contrapartida para fazer o oposto. Além disso, até poucas décadas atrás ninguém acreditava na existência dos próprios buracos negros."


Nobel de Química premia estudo de ribossomos

As pesquisas de Venka-Traman Rama-Krishnan, Thomas Steitz e Ada Yonath revolucionaram o desenvolvimento de antibióticos.

Dois americanos e uma israelita foram premiados, nesta quarta-feira, com o Nobel de Química. As pesquisas deles revolucionaram o desenvolvimento de antibióticos.

Venka-Traman Rama-Krishnan, Thomas Steitz e Ada Yonath ajudaram a ciência a entender melhor como funcionam os ribossomas, as fábricas de proteínas encontradas nos núcleos das células. Isso tornou possível desenvolver remédios que bloqueiam o funcionamento dos ribossomos em bactérias que causam doenças e infecções. Os cientistas trabalharam separadamente, mas publicaram as descobertas quase ao mesmo tempo, nove anos atrás.