Uma Tabela Periódica diferente..

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domingo, 12 de junho de 2011

Por João Marques...

Cada vez mais perto da energia alternativa das bactérias
A ciência está mais próxima de conseguir criar geradores de energia eléctrica a partir de bactérias, pois, pela primeira vez, foi demonstrado como os micróbios conseguem descarregar pequenas correntes eléctricas através das suas estruturas.

Esta descoberta, de acordo com um estudo publicado no “Proceedings of the National Academy of Science”, abre portas para aparelhos bioeléctricos, em que biliões de bactérias são ligadas a eléctrodos que recolhem a sua energia. Como alguns organismos se alimentam de poluentes, também há a possibilidade de as bactérias serem usadas para converter lixo industrial, radioactivo e esgotos em electricidade.
"Seria uma fonte de energia alternativa assim como a eólica e a solar", disse Tom Clarke, líder desta investigação realizada na Universidade de East Anglia, na Inglaterra, acrescentando que a principal vantagem desta opção é que as bactérias fornecem energia constantemente, sem depender do vento ou da luz do sol.

Além disso, estes organismos produzem electricidade ao mesmo tempo que degradam resíduos, pelo que, a partir daí, seria possível construir fábricas que descartassem o lixo produzido, enquanto simultaneamente geravam a própria energia de que necessitam.

Neste estudo, foi mostrada, pela primeira vez, a estrutura molecular dos “fios” que as bactérias usam para descarregar electricidade. “Queremos usar este conhecimento para conectar os micróbios a eléctrodos mais eficazmente”, revelou Clarke.

Actualmente, a quantidade de energia gerada por estes organismos é ainda muito baixa. Contudo, se esta técnica for aproveitada, será “possível usá-la em rios para gerar electricidade. Em grandes centros urbanos, a maioria dos rios tem poluição e ‘comida’ suficientes para as bactérias”, reforçou o investigador.

Bactérias intestinais interferem com química do cérebro

De acordo com um estudo publicado na revista “Gastroenterology”, as bactérias intestinais podem influenciar a química do cérebro e o comportamento, nomeadamente nos casos de ansiedade e de depressão.

Esta conclusão é apontada, pela primeira vez, por cientistas da McMaster University, no Canadá, e pode tornar-se de maior relevância tendo em conta vários tipos comuns de doença gastrointestinal, incluindo a síndrome do intestino irritável, que são frequentemente associados a ansiedade ou a depressão.

Além disso, há investigadores que acreditam que alguns transtornos psiquiátricos, tais como o autismo de início tardio, podem estar associados com um teor anormal de bactérias no intestino.
Pessoas saudáveis têm, normalmente, biliões de bactérias no intestino que realizam uma série de funções vitais para a saúde como recolher energia da dieta alimentar, proteger contra infecções e fornecer alimentação às células do intestino.

Nesta investigação foram utilizados ratos adultos saudáveis. Ao alterarem o conteúdo bacteriano normal do intestino com antibióticos, os cientistas verificaram que as cobaias passaram a demonstrar alterações no comportamento, tornando-se menos cautelosas ou ansiosas.

Esta mudança foi acompanhada pelo aumento do factor neurotrófico derivado do cérebro (BDNF, na sigla em inglês), que tem sido associado à depressão e à ansiedade. Contudo, com a interrupção dos antibióticos, os animais voltaram ao comportamento normal.

Premysl Bercik, um dos investigadores envolvidos neste estudo, referiu que estes resultados são importantes e lançam bases para mais investigações sobre o potencial terapêutico das bactérias probióticas no tratamento de distúrbios comportamentais, especialmente os associados às condições gastrointestinais, tais como a síndrome do intestino irritável.

Café combate risco de cancro da próstata

O café pode ser um forte aliado contra o risco de desenvolver cancro da próstata, revela um novo estudo realizado por investigadores da Harvard School of Public Health e publicado no "Journal of the National Cancer Institute".

Segundo este trabalho, homens que bebem seis ou mais chávenas de café por dia apresentaram um decréscimo de 60 por cento das hipóteses de desenvolverem um tipo extremamente letal de cancro da próstata e uma redução de 20 por cento no risco de sofrer qualquer tipo desta doença cancerígena, comparativamente a homens que não consomem a bebida.

Mesmo aqueles que bebem apenas entre uma e três chávenas diariamente beneficiam com uma queda de 30 por cento do risco de sofrer da forma mais letal da doença.
“Poucos estudos analisaram especificamente a relação entre o consumo de café e o risco de cancro da próstata letal, a forma mais violenta da doença, que é praticamente impossível de prevenir”, destacou Lorelei Mucci, investigadora de Harvard e principal autora do trabalho, acrescentando que a presente investigação “é a maior, até hoje, a examinar se o café é capaz de reduzir o risco de cancro da próstata letal”.

De acordo com os cientistas, estes efeitos também foram verificados para o café descafeinado, o que os leva a crer que o benefício está associado às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do café e não à cafeína.

O estudo acompanhou quase 48 mil homens, que forneceram aos investigadores informações sobre os seus hábitos de consumo de café entre 1996 e 2008. Ao longo deste trabalho, mais de cinco mil deles desenvolveram cancro da próstata, incluindo 642 casos letais.

O cancro da próstata é a forma mais comum da doença diagnosticada anualmente entre os americanos e as estimativas indicam que um em cada seis homens terá este cancro ao longo da vida nos Estados Unidos. Os principais factores de risco são as dietas ricas em gordura, consumo excessivo de álcool e a exposição a produtos químicos, além da hereditariedade.

Viagra eficaz a reduzir sintomas da esclerose múltipla

Investigadores espanhóis acreditam que o Viagra, utilizado para o tratamento da disfunção eréctil, pode ter efeitos positivos na redução dos sintomas da esclerose múltipla, a doença inflamatória crónica mais comum do sistema nervoso central e uma das principais causas de invalidez em adultos.

Um estudo publicado na revista “Acta Neuropathologica” indica que, em experiências realizadas em ratos, foram observadas recuperações quase completas em 50 por cento dos casos após um tratamento de apenas oito dias.
A investigação liderada por Agustina García e Juan Hidalgo, da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB), deverá, em breve, ser autorizada em seres humanos, visto que este fármaco já é comercializado.
Embora a esclerose múltipla seja ainda uma doença sem cura, alguns medicamentos já se mostraram eficazes no combate de vários sintomas e na prevenção da progressão do problema. Esta doença é causada pela perda de mielina nas células nervosas, que afecta a capacidade dos neurónios comunicarem entre si, e pela neurodegeneração em várias áreas do sistema nervoso central.

Os investigadores estudaram os efeitos do sildenafil, que é vendido como Viagra, em animais que apresentavam um tipo de esclerose múltipla conhecida como encefalomielite auto-imune experimental (EAE). O sildenafil é utilizado como vasodilatador, mas tem também uma função neuroprotectora. Daí que a medicação tenha tido sucesso na infiltração de células inflamatórias, no interior da massa branca da espinal-medula e, portanto, no combate aos sintomas da esclerose múltipla. Os estragos nos axónios – região do neurónio responsável pelo impulso nervoso – foram mais baixos e houve progressos na reparação da mielina já danificada.

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