Uma Tabela Periódica diferente..

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Elefantes!!!!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Química forense ...... notícia 2

Se houver quem não saiba, esta é uma oportunidade para dar a conhecer a importância da química nas mais variadas áreas, não esquecendo a sua utilidade na resolução de mil e um problemas do nosso quotidiano. Infelizmente, há acontecimentos que, cada vez mais, fazem parte dos nossos dias, nomeadamente crimes bárbaros onde a violência é rainha. Assim, já se conclui que nos debruçamos sobre a ciência forense. Imaginemo-nos médicos forenses, protagonistas de laboratório. Os peritos encaram, todos os dias, situações em que o objectivo na análise da cena do crime é encontrar evidências de vestígios de sangue. A química ajuda-os. Como? Quando uma mancha de sangue chega ao laboratório forense, a mesma é sujeita a testes muito sensíveis, porém pouco específicos, de modo a determinar se a mesma é de sangue ou não. Este tipo de análise designa-se por teste de presunção. Exames presuntivos de sangue são geralmente catalíticos, envolvem o uso de agente oxidante como o peróxido de hidrogénio e um indicador que muda de cor (ou luminescente), o qual sinaliza a oxidação catalisada pela hemoglobina como se fosse uma enzima peroxidase. Este comportamento de peroxidase da hemoglobina foi descoberto em 1863 pelo cientista alemão Schönbein. De lá para cá, inúmeros testes de presunção foram elaborados. Do total de reagentes que existem, apenas um pequeno número tem interesse prático no campo da ciência forense. Os reagentes aqui presentes são: Reagente de Kastle-Meyer, reagente de benzidina e luminol. Se alguém duvidava da utilidade da química, resta saber se ainda sobram pontos de interrogação.
Beatriz Pinto

Fotões....raios X....Obtenção de novas fontes de raios-X de elevado brilho e mais compactas...

Uma equipa de investigadores, do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) do Instituto Superior Técnico (IST), constituída por Joana Martins, Samuel Martins, Ricardo Fonseca e Luís Oliveira e Silva, inserida numa colaboração Imperial College – Universidade de Michigan – IST, publicou um artigo na reconhecida revista científica internacional «Nature Physics» com a demonstração experimental da fonte de raios-X com elevada coerência espacial, e baseada em aceleradores laser-plasma, mais brilhante conseguida até hoje.

O método de geração de raios-X de elevado brilho agora demonstrado poderá ter grande impacto na imagiologia em medicina, biologia e ciência dos materiais, permitindo obter imagens de elevada resolução de fenómenos ultra-rápidos e, no futuro, de sistemas biológicos “in vivo”.
Na experiência descrita no artigo, os raios-X são gerados por electrões criados e acelerados durante a interacção de um impulso laser muito intenso e curto com um gás, que é ionizado à passagem deste, transformando-se em plasma. Ao propagar-se pelo plasma, o impulso laser deixa atrás de si uma ondulação de forma semelhante à deixada por um barco atrás de si.

Alguns dos electrões que são afastados à passagem do impulso laser conseguem apanhar a onda e 'surfá-la', ganhando energia. Estes também oscilam transversalmente – o que faz com que radiem. Por serem acelerados aproximadamente até a velocidade da luz, a radiação que emitem chega aos raios-X.

A equipa modelizou computacionalmente a experiência e utilizou os dados obtidos para determinar a radiação gerada numericamente, recorrendo a alguns dos mais potentes supercomputadores do Mundo. Joana Martins, uma das autoras deste trabalho, explica: "As nossas ferramentas numéricas permitiram não só reproduzir os resultados experimentais como compreender em detalhe todos os processos físicos relevantes". Segundo Luís Silva, "as simulações permitirão optimizar futuras fontes de radiação e adaptá-las a diferentes aplicações”.

Nova geração de fontes de raios-X

As sucessivas gerações de fontes de raios-X têm contribuído para grandes avanços científicos como as primeiras radiografias e a determinação da estrutura do DNA. Actualmente, as mais sofisticadas conseguem produzir raios-X coerentes de vários keV e de elevado brilho que permitem produzir imagens de sistemas complexos na escala do nanómetro (1 nanómetro = 10-9 metros) e do femtosegundo (1 femtosegundo = 10-15 segundos).

No entanto, estas fontes são baseadas em aceleradores convencionais de grandes dimensões e de elevado custo. Este trabalho veio demonstrar a possibilidade de utilizar aceleradores laser-plasma como fontes de raios-X de elevado brilho e com coerência espacial, o que permitirá reduzir as dimensões deste tipo de fontes de centenas de metros para centímetros e diminuir significativamente os seus custos, simultaneamente permitindo obter imagens de elevada resolução de fenómenos ultra-rápidos e, no futuro, de sistemas biológicos 'in vivo'.

A coerência espacial destes feixes de radiação, que traduz o “grau de organização dos fotões”, é o que torna possível usá-los para tirar estas imagens raios-X e no futuro, com comprimentos de onda ainda menores, obter “filmes de vírus”.
www.cienciahoje.pt

Prémio Nobel da Química 2010...

O norte-americano Richard Heck e os japoneses Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki foram os investigadores distinguidos com o Prémio Nobel da Química, graças ao trabalho desenvolvido em formas mais eficientes de ligar átomos de carbono para construir moléculas complexas.
Estes três cientistas desenvolveram uma ferramenta que permite criar moléculas tão complexas como as que encontramos na natureza e que foram utilizadas para desenvolver novos medicamentos e materiais revolucionários como o plástico. De acordo com a academia sueca, o trabalho destes laureados é utilizado em todo o mundo "tanto para a produção comercial de medicamentos como para a indústria electrónica".
Na origem da criação destas moléculas complexas está o paládio (Pd), um elemento químico quase desconhecido dos leigos em química, mas comummente utilizado em odontologia. Os investigadores utilizaram este metal de transição para unir os átomos de carbono, num processo denominado por acoplamento cruzado do paládio catalisado, um dos processos mais sofisticados da química, criando-se assim elementos mais complexos aplicáveis no tratamento de cancro, na electrónica e na agricultura, por exemplo.
Antes destas reacções desenvolvidas por Heck, Suzuki e Negishi, já era possível fazer moléculas simples de carbono com recurso a técnicas antigas. No entanto, surgiam vários materiais indesejáveis, sendo que a utilização do paládio para unir átomos de carbono resultou na diminuição do aparecimento de “dejectos”.
O carbono foi assim mais uma vez protagonista nesta edição dos Prémios Nobel, depois de um trabalho sobre o grafeno ter valido o Nobel da Física.

Retirado do site do Ciência Hoje : http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=45411&op=all

Vanda Pereira

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Biónica....

"A Biónica é o ramo da ciência que se encarrega do estudo de processos biológicos, mecânicos e electrónicos, com o objectivo de desenvolver projectos compatíveis com o meio biológico. É uma ligação entre a Biologia, a Química e a Física, que recorre à Natureza para estudar as suas formas naturais, reproduzindo-as, depois, artificialmente, de modo a solucionar problemas relacionados com a fisionomia de um ser humano. Os primeiros trabalhos no ramo da Biónica surgiram em 1945, com a criação de um aparelho de diálise renal. Desde aí, esta ciência não tem parado de evoluir… A Biónica tem vindo a desenvolver aparelhos muito diversificados, de acordo com as necessidades de cada doente. Actualmente, um grupo de cientistas de diversas nacionalidades encontram-se a estudar a possibilidade de criar um implante cerebral, que substituirá uma porção da superfície do cérebro. Através deste implante, será possível monitorizar e controlar convulsões, assim como transmitir sinais do cérebro em partes danificadas da espinal medula. Em pessoas com epilepsia, o implante recebe ordens para impedir um ataque cerebral. Nas pessoas com lesões na espinal medula, a tecnologia tem a capacidade de interpretar os sinais complexos no cérebro, reencaminhando a informação até aos músculos, permitindo que haja movimento dos membros. Outro dispositivo que os cientistas procuram criar é um chip detector de vírus. O dispositivo é aplicado no interior do corpo humano. Vai acumulando as partículas que passam pelo detector, fazendo uma contagem final muito precisa. Quando estão em baixas concentrações, os vírus perdem-se pelo organismo, o que impossibilita que sejam detectados num exame comum. Futuramente, a detecção precoce das infecções permitirá que os tratamentos se iniciem muito antes que surjam os primeiros sintomas das doenças."
Carlota Cid

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Plantas produzem aspirina...

A aspirina é um dos remédios mais utilizados no mundo. É usada desde a Antiguidade, depois de ter sido descoberto que a casca do salgueiro tinha uma substância que aliviava as dores e diminuía a febre. Mas só foi sintetizada em finais do século XIX. Sabe-se agora que, há algumas plantas que produzem a sua própria espécie de analgésico quando são ameaçadas com seca, temperaturas fora do comum, pragas de insectos ou simplesmente stress. “Ao contrário dos humanos, a quem é recomendada uma aspirina para combater a febre, as plantas têm a capacidade de produzir a sua própria mistura de substâncias químicas parecidas com a aspirina, com a qual desencadeiam mecanismos para a formação de proteínas que aumentam as defesas bioquímicas e reduzem as lesões”, referiu em comunicado Thomas Karl, o chefe da equipa do Centro Nacional para a Investigação Atmosférica, no Colorado (EUA). Esta reacção foi observada nas nogueiras e, uma vez que o químico é lançado para o ar como um gás, os investigadores acreditam que serve também para avisar as plantas mais próximas do perigo. Os agricultores podem beneficiar desta descoberta medindo os níveis de químicos na atmosfera e antecipando assim problemas nas suas colheitas.
“Esta descoberta dá-nos provas tangíveis de que existe comunicação entre as plantas no mesmo ecossistema”, acrescentou Alex Guentger, o co-autor do estudo. O problema é que o salicilato de metilo pode juntar-se aos gases industriais e aumentar os níveis de poluição, revela um artigo publicado na revista Biogeosciences.
Daniela Figueira

domingo, 10 de outubro de 2010

Química forense.... notícia 1

Insectos ajudam a desvendar homicídios...

"- Vocês acharam o corpo numa floresta?
- Não. Num descampado!
- O homicídio não ocorreu lá. Tudo indica que foi dentro duma mata fechada.
O biólogo José  Luz, da Universidade de Brasília, fornecia uma informação importante para os peritos. Ele não precisou examinar o corpo. Bastaram algumas larvas obtidas do cadáver. José pertence ao restrito grupo de brasileiros que se dedicam à entomologia forense - ciência dos insectos aplicada à solução de crimes.
Um assassino, no interior de Minas Gerais, arrancara dedos, dentes, olhos, orelhas e nariz do cadáver. Sem conseguir identificar a vítima, os policiais utilizaram a pista do biólogo para procurar o criminoso nas cidades vizinhas: as larvas pertenciam a espécies da mata e não havia florestas no município onde o corpo foi encontrado.
"As larvas de moscas já têm 2 centímetros", observa Watson. "Isso significa que a morte ocorreu há 10 ou 12 horas." No filme Sherlock Holmes, de 2009, o amigo do famoso detective exemplificou o principal uso da entomologia forense: a estimativa do intervalo decorrido entre a morte e a descoberta do corpo - uma variável conhecida como intervalo post-mortem.
"Os insectos funcionam como um cronómetro", aponta Arício Linhares, da Universidade Estadual de Campinas, considerado o iniciador da entomologia forense no País. Graças ao seu aguçado olfacto, as primeiras moscas chegam poucos minutos após a morte. Normalmente, depositam os ovos em locais protegidos, como os ouvidos, o nariz ou a boca. O tempo de desenvolvimento das larvas depende da espécie do insecto e da temperatura. Depois de 72 horas, as previsões para intervalo post-mortem obtidas por critérios médico-legais tornam-se muito imprecisas. É quando a entomologia forense surge como uma alternativa interessante.
Janyra Costa, do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, no Rio, recorda quando foi chamada para periciar um homem enforcado. Apesar do rosto desfigurado, o corpo apresentava um estado incomum de conservação. Confusos, os legistas apostavam numa morte recente. Ao investigar os insectos, Janyra percebeu o erro. As larvas mais velhas, aquelas que os peritos criminais procuram em primeiro lugar, testemunhavam uma morte ocorrida há semanas. Linhares lembra o caso de uma menina encontrada morta num canavial no interior de São Paulo. O cadáver já não permitia uma estimativa precisa do momento do crime. O médico-legista arriscou que o crime havia acontecido no fim de semana anterior. O palpite inocentava o namorado da vítima, que possuía um álibi para o período.
A equipe da Unicamp contestou: os insetos mostravam que o crime ocorrera dias depois, durante a semana. "Devolvemos o namorado à cena do crime", afirma o pesquisador. O rapaz acabou por confessar o assassinato.
Linhares procura funções matemáticas que permitam, com base na espécie, na temperatura ambiente e no peso das larvas, determinar a sua idade.

Pupas
Claudio Von Zuben, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro, também recorre à matemática para encontrar protocolos que facilitem a vida dos peritos.
No fim do período larval, os insectos costumam deixar o cadáver e procurar o solo, onde se enterram, transformando-se em pupas. Só depois emergem como formas adultas e aladas. As pupas são importantes para a perícia, pois costumam ser mais velhas que as larvas e, por isso, oferecem uma estimativa mais precisa do intervalo post-mortem.
"Não faz sentido o perito remover duas toneladas de terra para encontrar pupas", aponta Von Zuben, que desenvolveu protocolos periciais para a tarefa de achar pupas com o mínimo esforço e o máximo resultado.
Alexandre Uruhary trabalhava no laboratório de Pujol, na UnB, quando foi chamado para auxiliar a perícia dos locais relacionados a um crime que chocou Brasília. "Chegando lá, vi que os insectos contavam uma história com muita clareza", afirma Uruhary.
Policiais procuravam uma jovem desaparecida. Acompanhando de longe a investigação, o assassino percebeu que chegavam cada vez mais perto do corpo e resolveu escondê-lo noutro lugar. Uruhary não teve dúvidas ao ver um local repleto de pupas de moscas Chrysomya, as primeiras a colonizar o corpo: era o local do crime.
Tudo indicava que o assassino não havia conseguido realizar seu intento de transladar o cadáver e o deixou pelo caminho. Larvas de besouros, que só iniciam seu trabalho mais tarde, foram achadas onde o corpo havia sido deixado, possibilitando estimar quando o criminoso retornou ao local do crime para escondê-lo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Só tem um átomo de espessura, é quase transparente... é o grafeno e valeu um Nobel

Imaginemos o traço deixado por um lápis numa folha de papel. Se lhe passarmos a mão por cima, facilmente se esborrata. Acabámos de espalhar no papel várias camadas de grafite, a forma de carbono de que são feitos os vulgares bicos dos lápis. Mas se continuássemos a esborratar o traço a lápis, talvez acabássemos por ter uma única camada de átomos e, então, estaríamos na presença de uma nova forma de carbono — o grafeno.
...Só que, em vez de espalharem o traço a lápis, Geim e Novoselov utilizaram uma fita adesiva para retirar pequenos fragmentos de um grande pedaço de grafite. No início, os fragmentos retirados tinham muitas camadas de grafite, mas à medida que repetiam o processo, iam-se tornando cada vez mais fininhos. Era a altura de procurar esses fragmentos de grafeno entre as camadas de grafite extraídas.
Tiveram ainda de encontrar uma maneira para que o grafeno saísse do seu anonimato, camuflado entre a grafite, e se desse a ver no microscópio. E o que surgiu foi um material bidimensional (com comprimento e largura apenas, pelo que é plano), quase transparente e que existe à temperatura ambiente.
Esta forma plana de carbono, com a espessura de um único átomo, apresenta-se com o padrão básico do favo de mel, pelo que é ainda composta por seis átomos de carbono ligados entre si. E esses seis átomos ligam-se a outros e a outros, formando uma rede de milhões e milhões de átomos do material que é o grafeno.
Aprisionado dentro da grafite, o grafeno só estava à espera de ser libertado, sublinha a informação divulgada pela academia sueca. “Ninguém pensava que tal fosse realmente possível”, lê-se. Muitos cientistas consideravam impossível isolar materiais tão finos, que ficariam instáveis, por exemplo enrolar-se-iam à temperatura ambiente ou desapareceriam.
O novo material libertado não é só o mais fino de todos, é também o melhor condutor de calor. E como condutor de electricidade, é tão bom como o cobre: se for misturado com plástico, pode resistir mais ao calor e ser robusto do ponto de vista mecânico. Também é leve e elástico, podendo ser esticado até 20 por cento do seu tamanho original.
Por todas as suas características, pensa-se que pode vir a permitir o fabrico de novos transístores, mais rápidos do que os actuais de silício, que resultarão em computadores mais eficientes. Ou em novos super-materiais, que os futuros satélites, aviões ou carros incorporarão. Ou em novos ecrãs de cristais líquidos tácteis.
in Público, 05/10/2010 ( importância das ligas metálicas)

A importância dos metais no metabolismo humano...

 Descoberta -  Explicada a falência de órgãos na septicemia

Investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) demonstram que um composto de ferro libertado pelos glóbulos vermelhos desencadeia destruição dos tecidos.
Na sépsis grave, mais conhecida por septicemia, o desfecho é sempre um totoloto entre a vida e a morte. Na sequência de uma infecção por uma bactéria, ocorre uma queda repentina da pressão sanguínea e os órgãos entram progressivamente em falência. Uma em cada duas pessoas não resiste. Mas porque deixam os órgãos de funcionar? Até agora não havia resposta para o enigma, mas investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras, descobriram a solução.
Devido à infecção, um pequeno de grupo de glóbulos vermelhos é destruído e liberta um composto de ferro (chamado grupo heme) que acaba por induzir a destruição dos rins, do fígado e de outros órgãos vitais. O resultado, que abre portas a uma futura terapia para a doença, actualmente sem tratamento, é publicado hoje na revista Science Translation Medicine, que escolheu fazer capa do estudo, dado o potencial impacto médico da descoberta (ver caixa).
"Na sépsis grave, o que acontece é que, na sequência de uma infecção causada por um microorganismo, há uma queda repentina da pressão sanguínea e os órgão vitais deixam de funcionar", explicou ao DN o investigador Miguel Soares do IGC. "Não se sabia, no entanto, o que está na origem desta falência funcional dos órgãos vitais e nós damos resposta a isso com o nosso trabalho", adianta o coordenador da investigação.
"Pensava-se que o problema estava no microorganismo causador da infecção, mas essa abordagem era errada", conta Miguel Soares. Afinal a solução do enigma até é "muito simples", sublinha. Devido à infecção, uma pequena quantidade de glóbulos vermelhos, que nem sequer é detectável em análises, é destruída e liberta a sua hemoglobina. E esta, por sua vez, liberta os pedacinhos de ferro (o tal grupo heme) que entram na sua constituição. E é a sua conjugação com um outro elemento - as citoquinas - produzido pelo organismo para combater a infecção que induz a falência funcional dos órfãos vitais.
O organismo tem solução contra o excesso de hemes. Chama-se hemopoxina, uma proteína que existe no sangue, exactamente para os neutralizar, quando eles surgem. Só que, na situação de sépsis grave, os compostos de ferro são tão numerosos que as hemopoxinas se gastam a combatê-los. "O que percebemos é que estas hemopoxinas em circulação no sangue atacam os heme à medida que os apanham, mas depois esgotam-se e os que vêm a seguir não são destruídos e acumulam-se", conta Miguel Soares. A prova dos nove - a administração de hemopoxina suplementar nos ratinhos - surtiu o efeito que os investigadores esperavam: os ratinhos melhoraram. A via para um futuro tratamento está aberta, mas Miguel Soares avisa que "isso ainda vai levar algum tempo".

Mensagem de boas vindas a todos que gostem e queiram aprender mais um pouco de química!!!

"A química da poesia"

É um prazer
ficar...
Estacionar...
Pernoitar....
Mexer ’em frasquinhos
Tocar ‘ em cadinhos
em química transformar...
sensações....
paixões
questões
reacções da magia
no laboratório da poesia....
Em frascos misturar
a’ alquimia de palavras....
(A2 =) Amor
(D2 =) Dor
(C2 =) Cor

Poeta
poema
poesia!


(A2+C2+ D2) = ARDOR!!!

António Gedeão