Uma Tabela Periódica diferente..

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Só tem um átomo de espessura, é quase transparente... é o grafeno e valeu um Nobel

Imaginemos o traço deixado por um lápis numa folha de papel. Se lhe passarmos a mão por cima, facilmente se esborrata. Acabámos de espalhar no papel várias camadas de grafite, a forma de carbono de que são feitos os vulgares bicos dos lápis. Mas se continuássemos a esborratar o traço a lápis, talvez acabássemos por ter uma única camada de átomos e, então, estaríamos na presença de uma nova forma de carbono — o grafeno.
...Só que, em vez de espalharem o traço a lápis, Geim e Novoselov utilizaram uma fita adesiva para retirar pequenos fragmentos de um grande pedaço de grafite. No início, os fragmentos retirados tinham muitas camadas de grafite, mas à medida que repetiam o processo, iam-se tornando cada vez mais fininhos. Era a altura de procurar esses fragmentos de grafeno entre as camadas de grafite extraídas.
Tiveram ainda de encontrar uma maneira para que o grafeno saísse do seu anonimato, camuflado entre a grafite, e se desse a ver no microscópio. E o que surgiu foi um material bidimensional (com comprimento e largura apenas, pelo que é plano), quase transparente e que existe à temperatura ambiente.
Esta forma plana de carbono, com a espessura de um único átomo, apresenta-se com o padrão básico do favo de mel, pelo que é ainda composta por seis átomos de carbono ligados entre si. E esses seis átomos ligam-se a outros e a outros, formando uma rede de milhões e milhões de átomos do material que é o grafeno.
Aprisionado dentro da grafite, o grafeno só estava à espera de ser libertado, sublinha a informação divulgada pela academia sueca. “Ninguém pensava que tal fosse realmente possível”, lê-se. Muitos cientistas consideravam impossível isolar materiais tão finos, que ficariam instáveis, por exemplo enrolar-se-iam à temperatura ambiente ou desapareceriam.
O novo material libertado não é só o mais fino de todos, é também o melhor condutor de calor. E como condutor de electricidade, é tão bom como o cobre: se for misturado com plástico, pode resistir mais ao calor e ser robusto do ponto de vista mecânico. Também é leve e elástico, podendo ser esticado até 20 por cento do seu tamanho original.
Por todas as suas características, pensa-se que pode vir a permitir o fabrico de novos transístores, mais rápidos do que os actuais de silício, que resultarão em computadores mais eficientes. Ou em novos super-materiais, que os futuros satélites, aviões ou carros incorporarão. Ou em novos ecrãs de cristais líquidos tácteis.
in Público, 05/10/2010 ( importância das ligas metálicas)

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