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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Paradoxo do veneno: tanto pode matar como curar.

No dia 14 de Agosto de 1996, a toxicologista Karen Wetterhahn, professora de química na Faculdade de Dartmouth, deixou cair uma gotícula de dimetilmercúrio na mão esquerda. Karen especializara-se em estudar a forma como os metais tóxicos podem provocar cancro ao penetrar nas membranas celulares. Quando derramou a gota venenosa, ela não lhe atribuiu importância, porque usava luvas de látex. Ao menosprezá-la, perdeu a vida, pois o dimetilmercúrio tem volatilidade para penetrar na luva. Cinco meses depois, Karen começou a andar tropegamente e a falar com dificuldade. Depois de três semanas no hospital, entrou em coma. “Fui vê-la, mas o seu estado surpreendeu-me”, recorda Diane Stearns, uma das suas alunas de pós-doutoramento, hoje também professora universitária de química. “Debatia-se, agitada. Perguntei se sentia dores. Os médicos responderam que, aparentemente, o seu cérebro nem sequer tinha capacidade para registar a dor.” Karen Wetterhahn morreu cinco meses mais tarde, aos 48 anos. O mercúrio devorara-lhe as células do cérebro, “tal como térmitas roendo madeira durante vários meses”, explicou um dos médicos. Como foi possível que uma toxicologista de nível mundial, tão brilhante e meticulosa, pudesse ter um fim destes? “Só os domadores de leões são mortos por leões”, contrapôs Kent Sugdan, um colega investigador do seu programa de pós-doutoramento.

Carlota Cid

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